sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Yellowstone: um caldeirão prestes a explodir

Uma nova onda de sismos abalou a zona do supervulcão de Yellowstone, na costa oeste dos EUA. Mais de 200 terremotos de pequena magnitude foram registrados em apenas 10 dias.


Especialistas em atividade sísmica informam que a atividade começou, naquela zona, a 8 de fevereiro, mas desde o dia 15 que tem vindo a acelerar e aumentar de magnitude, o que pode colocar o supervulcão em risco de erupção.

 

Entre 8 e 18 de fevereiro, na zona localizada a 13 quilômetros a noroeste da localidade de West Yellowstone registaram-se mais de 200 tremores. Os especialistas assinalaram que ocorreram também outros movimentos, mas demasiado leves para serem localizáveis.
dia normal


Terremotos ocorridos recentemente


Sismógrafos da localidade

A NASA tem um plano para reduzir a ameaça que representa a caldeira de Yellowstone. O possível projeto prevê escavar um canal de 10 quilômetros de profundidade para alcançar o supervulcão e despejar água em alta pressão para diminuir sua temperatura.

Tal missão custaria cerca de US$ 3,5 bilhões (R$ 11,4 bilhões), mas a NASA considera esta solução a mais viável.

O calor provocado pelo vulcão pode ser utilizado como fonte de energia. A eletricidade assim produzida teria preços muito atrativos, aproximadamente US$ 0,1 (R$ 0,3) por quilowatt.

No entanto, tal operação ameaça causar exatamente a erupção que a NASA está tentando prevenir.

O supervulcão do Parque Nacional de Yellowstone entra em erupção a cada 600.000 anos e a sua potência pode superar até 100 vezes a de vulcões normais.

Se o vulcão de Wyoming entrar em erupção, estima-se que 87 mil pessoas seriam mortas imediatamente e dois terços dos EUA seriam imediatamente inabitáveis ​​devido a uma enorme nuvem de cinzas, provocando mudanças climáticas rápidas.

A grande quantidade de cinzas na atmosfera bloquearia a luz solar e afetaria diretamente a vida sob ela, criando um ‘inverno nuclear’ por grande parte da Terra – não simplesmente no oeste dos EUA.

A enorme erupção poderia ser 6.000 vezes mais poderosa do que a de Monte St Helens em 1980, que matou 57 pessoas e depositou cinzas em 11 estados diferentes e cinco províncias canadenses.

Uma das maiores ameaças que implicaria a sua erupção seria a criação de um prolongado inverno vulcânico global.

Canal YouTube: Canal Myllas Freitas

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