quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Pesquisadores afirmam que segunda 'cidade escondida' foi detectada sob as pirâmides de Gizé

 A equipe que surpreendeu o mundo arqueológico em março com um relato de vastas estruturas subterrâneas sob a Pirâmide de Quéfren agora afirma ter detectado poços e câmaras correspondentes sob a vizinha Pirâmide de Miquerinos. O especialista em radar Filippo Biondi, da Universidade de Strathclyde, disse ao Daily Mail que a nova varredura mostra uma "probabilidade de 90%" de que Miquerinos "compartilhe os mesmos pilares que Quéfren", reforçando a visão de que as três pirâmides de Gizé se encontram sobre um único e colossal complexo subterrâneo a cerca de 600 metros abaixo da superfície do deserto.

Biondi argumentou que os pilares sob ambas as pirâmides apresentam geometria idêntica, sugerindo uma densa rede de túneis conectando as "principais estruturas subterrâneas". Imagens fornecidas ao Mail parecem mostrar formações em espiral serpenteando em torno de enormes vazios em forma de pilares. "As pirâmides são apenas a ponta do iceberg", disse ele.

Resistência feroz

O ex-ministro de antiguidades do Egito, Dr. Zahi Hawass, rejeitou a alegação categoricamente, afirmando que o radar de penetração no solo não consegue capturar imagens a milhares de metros abaixo do planalto. Hawass classificou o anúncio de março como "besteira" e repetiu a acusação esta semana, enfatizando que nenhum dado revisado por pares foi divulgado.

Um estudo anterior da mesma equipe propôs uma cidade subterrânea inteira sob Quéfren. O pesquisador Armando Mei apontou incrustações de sal e supostas marcas de erosão hídrica em blocos próximos à Grande Pirâmide como evidências de que Gizé já foi submersa em um dilúvio cataclísmico. O grupo data o complexo em 38.000 anos atrás, argumentando que uma civilização avançada foi extinta por volta de 12.800 a.C. por um dilúvio desencadeado por um cometa — uma linha do tempo que a egiptologia tradicional rejeita.

Os defensores da hipótese do cometa, como o geólogo Dr. James Kennett, da UCSB, apontam os detritos do impacto em Abu Hureyra, na Síria — a cerca de 1.000 km de Gizé — como possíveis evidências de inundações regionais. O pesquisador independente Andrew Collins destaca as inscrições do Templo de Edfu que descrevem um dilúvio primitivo que destruiu uma obscura cultura dos "Anciãos". Os egiptólogos argumentam que esses textos são simbólicos e não têm relação com Gizé.

A equipe de Biondi afirma que divulgará os arquivos completos de tomografia "dentro de alguns meses" e está buscando autorizações para testes de perfuração em Menkaure. Até lá, as alegações permanecem sem comprovação — e o debate sobre o que, se houver algo, existe abaixo do planalto de Gizé não dá sinais de arrefecer.

Link: The Jerusalem Post

Canal do Youtube: Canal Myllas Freitas

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