quarta-feira, 20 de outubro de 2021

O gato preto do Cemitério do Paquetá

A história começa em 1900, quando uma senhora com nome de Maria da Abadia, dona de um gato preto, é sepultada no Cemitério do Paquetá. O cemitério foi fundado em 1854, devido ao aumento populacional da cidade e a falta de espaço na Igreja do Valongo, onde eram enterrados os mortos daquela época. Lá estão sepultadas pessoas ilustres de Santos e há vários túmulos que são considerados Patrimônio Cultural da Cidade de Santos.

Contam que dona Maria, senhora humilde que morava na região do centro de Santos, foi enterrada em uma das campas mais simples do cemitério e com poucas pessoas presentes à cerimônia. O mais curioso do que foi notado pelos funcionários da época, é que o gato da finada acompanhou o enterro e nunca mais saiu de lá. Gerações de funcionários passaram, e o animal continuou a sua vida eterna no cemitério. Dizem que o gato já visto andando pelo local durante a chegada dos restos mortais de quem vai ser sepultado, e que ele sempre acompanha os funerais.

Também é curioso o fato de que só algumas pessoas conseguem enxerga-lo. Como conta a funcionária que trabalha lá há mais de 30 anos: "Só algumas pessoas veem o gato preto. Acho que são as que têm mais sensibilidade, sabe? Tem gente que até desmaia na hora em que vê o fantasma do gato. Já fui buscar tanta água com açúcar para socorrer as pessoas, que já até perdi a conta".


Outra história arrepiante que envolve o sinistro gato é a de um vigia que trabalhou no cemitério nos anos 1970. O homem tinha o apelido de Tião, e não gostava muito da presença fantasmagórica do animal. Falava que um dia iria provar a todos que o gato não era assombração.

Eis que, em uma noite de lua cheia, Tião quis liquidar a questão. Perseguiu o bichano, o encurralou e o matou a pauladas. No dia seguinte, inexplicavelmente, o gato estava lá para acompanhar mais um funeral, o do próprio Tião. O homem teve um mal súbito ao chegar em casa depois daquele fatídico dia de trabalho.

Tião foi enterrado na manhã seguinte, acompanhado pelo olhar atento do gato preto que há 118 anos acompanha os mortos no Paquetá.

Fonte: Medium.com

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