Em junho de 1985, dois irmãos, João e Galvão Franco, inventaram uma maneira de arrecadar um dinheiro extra e convidaram um amigo chamado Ozório para se juntar a eles depois do pôr do sol, perto de um lago particular, onde pegariam peixes para vender no mercado no dia seguinte.
Eles escolheram cuidadosamente uma noite tranquila no meio da semana, sabendo que a maioria das pessoas ficaria em casa e não os perturbaria; mas, durante a noite, por volta das 23 horas, do barco, eles viram ao longe uma luz que se aproximava da água. A primeira coisa em que eles pensaram foi que alguém os havia descoberto, então os três seguiram com o barco até a beira do lago, para se esconder entre os juncos e a vegetação, mas essa luz subiu cerca de quinze metros de altura, superando a altura das árvores.
Quando chegaram à costa, os três começaram a correr loucamente em direção a seus carros, mas as luzes os alcançaram e de cima os atingiram com raios de intensa luz branca.
Eles entraram no carro, mas, na medida em que tentaram, não conseguiram ligá-lo, como se a bateria acabasse repentinamente. Nesse momento, aterrorizados, eles correram para os campos e chegaram a uma fazenda próxima, onde pediram ajuda. Saiu um velho fazendeiro que, acreditando que estavam bêbados, tratou-os de maneira rude, mandando-os sair.
As luzes haviam desaparecido e os três se acalmaram, mas olhando para a hora, perceberam que era quatro da manhã, enquanto, de acordo com a opinião deles, havia se passado pouco mais de meia hora e, portanto, no máximo tinha que ser meia-noite.
Como o tempo passou tão rapidamente?
Os três voltaram para os carros e finalmente conseguiram sair e voltar para casa. A partir dessa experiência, aparentemente eles não sofreram danos imediatos, mas nos dias seguintes começaram a sofrer diferentes problemas físicos e psicológicos.
Quanto mais o tempo passava, mais os três mostravam desequilíbrios mentais, ataques de pânico e ansiedade, sinais de queimaduras e sintomas de uma doença de pele apareciam em seu corpo. O mais afetado pelos problemas foi João Franco, que, nas semanas seguintes, perdeu quase todos os pêlos do corpo, viu a pele descolorir-se em manchas como se sofresse de vitiligo e passou a sofrer de vários problemas respiratórios.
Os três não se lembraram de nada do que lhes aconteceu naquelas quatro horas de vazio e nenhum dos médicos sabia como dar uma explicação racional para as patologias que os inflingiam. Um dermatologista levantou a hipótese de que os três amigos eram vítimas de vapores tóxicos, mas na área nenhum lugar "envenenado" jamais foi encontrado a ponto de justificar seu estado.
Muitos acusaram a imprensa e os três de terem organizado e divulgado uma farsa e de que as patologias foram auto-infligidas para tornar a história mais credível. Para justificar seu pensamento, eles relataram a presença na área de um aeroporto particular a partir do qual pequenos aviões subiam periodicamente: por esse motivo, as luzes vistas pelos três podiam ser as de um avião decolando. Mas havia muitos testemunhos que derrubaram essa hipótese, em especial de pilotos locais que apontaram o avistamento de esferas de luz na mesma área e em diferentes ocasiões.
O fenômeno das luzes de Barra Velha ao longo dos anos tornou-se cada vez menos frequente e está destinado a permanecer um mistério por muito tempo. O que teria acontecido a eles naquela noite? Teriam sido abduzidos?
Fonte: Canal Myllas Freitas
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