Um novo estudo do Dr. Konstantin Borisov, engenheiro de computação, propõe uma teoria sobre a localização do Jardim do Éden bíblico, sugerindo que ele teria sido no Egito, logo abaixo da Grande Pirâmide de Gizé, e não no Iraque, como tradicionalmente se pensava.
De acordo com o Mirror , a pesquisa de Borisov desafia crenças antigas ao reinterpretar descrições bíblicas e alinhá-las à geografia egípcia.
Em um estudo publicado no periódico Archaeological Discovery, Borisov escreveu: "Ao examinar um mapa de cerca de 500 a.C., fica evidente que os únicos quatro rios que emergem do oceano circundante são o Nilo, o Tigre, o Eufrates e o Indo". Essa observação o levou a interpretar os rios bíblicos como correspondentes a essas principais hidrovias, sendo o Nilo um componente-chave em sua teoria.
Tradicionalmente, estudiosos bíblicos associam o Jardim do Éden à Mesopotâmia, definida pelos rios Tigre e Eufrates, no atual Iraque.
Para fundamentar sua afirmação, Borisov investigou textos antigos, citações bíblicas, mapas medievais — incluindo o Mapa Mundi de Hereford, do século XIII — e notas de historiadores contemporâneos. Este mapa mostra o Paraíso localizado próximo a um rio mítico chamado Oceano.
Borisov também se baseou nos escritos do historiador Flávio Josefo, que, em Antiguidades dos Judeus, escreveu: "O Jardim era regado por um único rio, que corria por toda a terra e era dividido em quatro partes". Josefo afirmou ainda: "O Eufrates também, assim como o Tigre, desce até o Mar Vermelho".
A Bíblia descreve um rio que flui do Éden e se divide em quatro braços: Giom, Pisom, Tigre e Eufrates. Embora a localização dos rios Giom e Pisom seja desconhecida, Josefo observou que Pisom "atravessa a Índia e deságua no mar, sendo chamado pelos gregos de Ganges". A teoria de Borisov identifica o rio Giom como o Nilo, alinhando-o com rios antigos conhecidos.
Ele incorporou simbolismo mitológico e análise geográfica, incluindo mapas de 500 a.C. mostrando quatro rios originários do Oceano, para fundamentar sua reinterpretação da localização do Jardim do Éden.
"Ao examinar essas estruturas, fica claro que a própria Pirâmide se assemelha à sagrada Árvore da Vida", disse Borisov, explicando como os fenômenos luminosos que emergem da pirâmide se assemelham ao brilho de uma árvore, segundo o Daily Star.
Borisov aponta para simulações da Câmara do Rei da pirâmide, onde partículas carregadas formam um padrão de luz semelhante a uma árvore. "Não se pode ignorar que as partículas carregadas nesta simulação estão dispostas de tal forma que criam vários ramos paralelos que se estendem para fora da linha central, criando uma representação semelhante a uma árvore", escreveu ele.
A teoria de Borisov sugere que a Grande Pirâmide de Gizé é onde a Árvore da Vida ficava. "A Pirâmide de Gizé é onde a Árvore da Vida ficava", afirmou ele, propondo uma conexão entre a pirâmide e o paraíso bíblico.
Sua abordagem contradiz a teoria mesopotâmica anteriormente aceita. "O Dr. Borisov propõe que o rio Giom poderia corresponder ao Nilo, com os outros rios correspondendo ao Eufrates, Tigre e Indo", relatou o Daily Star. Isso desafia as visões tradicionais sobre a localização do Jardim do Éden e abre novas discussões sobre interpretações históricas e geográficas de textos antigos.
Embora alguns especialistas considerem essa nova perspectiva empolgante, outros acreditam que mais evidências são necessárias para levar a sério a teoria ligada às pirâmides de Gizé. A localização dos rios Giom e Indo permanece em debate, e a necessidade de determinar "o curso preciso do Oceano" é reconhecida.
O estudo de Borisov destaca mapas-múndi europeus medievais, que ele acredita que "não podem ser ignorados", mostrando um mundo circular cercado por um rio chamado Oceano, com o Paraíso ou Éden no topo do mapa.
Link: The Jerusalem Post
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